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Morrissey, o pária

março 15, 2009

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O EX-VOCALISTA DOS SMITHS REJEITA A VOLTA DO GRUPO, CRITICA ESTRELAS POP, COMO MADONNA, FALA DE SUA VIDA RECLUSA E MAMBEMBE E DIZ SE SENTIR ORGULHOSO POR SER ÍDOLO DA COMUNIDADE LATINA NOS EUA

Melhores trechos:

“Tenho horror a drogas. Tenho horror a cigarros. Sou celibatário e tenho um modo de vida muito saudável”, diz.

“Na realidade o mundo não quer ouvir apenas Brócoli [Britney] Spears. Também existem ouvintes esclarecidos.”

Ofereceram a ele US$ 75 milhões para que reformasse os Smiths. “Eu preferiria comer meus próprios testículos, o que seria uma façanha e tanto para um vegetariano como eu.” Recusa.

“Desde o começo, vejo-me obrigado a recusar todo tipo de pressão. Para juntar à sua volta a grande família das celebridades da cultura pop, você precisa aceitar certas concessões. Não faço parte desse mundo. Isso não é a cultura pop, é a cultura puta.”

“Não sou uma celebridade. Meu status não tem nada a ver com essa palavra.”

“Eu me sinto antissocial. É a verdade, eu sou um antissocial. Ao mesmo tempo em que tenho milhares de fãs, mal sou tolerado pela indústria, nunca fui convidado pela MTV, continuo a ser um artista à margem. Não é como se eu tivesse sentado e decidido ‘vou ser um marginal’. Eu sou marginal no meu eu mais profundo. Portanto, não tenho escolha.”

“Os valores que a sociedade favorece não são os meus. Não quero formar um casal bonito, não quero me integrar aos clichês de uma vida doce, feliz e perfeita. Já há gente suficiente comprometida com isso -não é preciso que eu também o faça.”

“Festas? Não, não. É entediante demais, de verdade. A presença das pessoas me desequilibra. A necessidade de falar… é difícil demais.”

“Em todo caso, não vejo como eu poderia deixar de escrever sobre isso: escrever sobre a condição humana, não existe nisso nada de superado. É algo que será sempre atual.”

“Sim, a vida é mesmo um chiqueiro, não é? Uma tortura. O calvário só termina quando se morre. É tão sádico assim.”

“A atitude de Madonna é apenas marketing, nada mais. Saber até que ponto ela se vestiu escandalosamente não tem importância nenhuma. Ela age assim, e, concretamente, isso não tem nada de sexual -é um clichê. Ela ou todos os outros. É bastante assustador pensar que se possa vender milhões e milhões de discos jogando com clichês. Será que realmente não têm consciência de que cada um está jogando um jogo hipócrita?”

“Falo do fato de que, para começar, a gente precisa tentar encontrar seu próprio lugar no mundo, que tudo nos parece impossível, que é preciso ser forte, e então, quando a gente finalmente dá certo, se dá conta de uma coisa: está sozinho. Para o resto da vida.”

“The Smiths foi algo que aconteceu, que teve um começo e um fim e que foi quase perfeito. Não devemos mudar isso.”

A entrevista completa está no caderno Mais! da Folha de S. Paulo e também no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=6028002